sexta-feira, 17 de julho de 2009

Quinta-feira, 15 de Junho de 2006
Para ela



Durante os dias e noites, a luz e a escuridão compartilham uma dança
Ambas se convidam, numa reciprocidade que não busca unilateralidade
Nos sonhos e na realidade, transformam-se natureza e transcendência
Numa ciência cuja arte tem seu magistral momento de consciência
Onde a bondade toca os corações dos seres todos com sua bonança
Cuja beleza esculpe um universo tão intenso e imenso de amabilidade
E na justiça de seus atos encontra grande benevolência e estética na responsabilidade

E na liberdade encontram a claridade e a obscuridade seu palco para dançar
E amar e sentir
Pensar e filosofar
Abraçar e ser abraçado
Beijar e ser (muito) beijado

Via o soldadinho de chumbo
Amigo um menino um tanto rebelde
A bela valsa da dançarina
Que se via na caixinha de música
Ricamente decorada com esmero
Pois tinha uma menina bastante meiga que muito gostava dela

Não entendia aquela arte
Mas sabia ser admirável tão belos passos
E oriundos de tão belo ser
Esperava ser um cisne
Mas o palco não era água e temia sua chegada

Recebia piscadas dela
Buscava pisar ele ali, mas tinha medo de fazer feio
Pensava ser ali liso pois deslizava tão bela
Em seu receio, se aproximou a artista
E notou que seus pés, dando dum quanto outro, eram daquele metal
Aparentemente tão indelicado, mas tão ágil!

E ambos se deram a formar um só
No meio de um palco de tantas dimensões
Que pareciam o interior dos seres
Pois os sentimentos e pensamentos descreviam tantas coisas
Que só podia ser descrito no embalar dos apaixonados
E no encerrar de um beijo eternizando tudo

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